Peter Burke in Brazil, 2009.
20 July, Campinas, 'Reading and Memory' 17 Congresso de Leitura COLE
19 August, Sao Paulo, 'Institutional History and Production of Knowledge', Bunge centre of Corporate memory
19-21 October, Rio, 'individual in history' UFRJ for the seminario internacional historia e individuo
Peter Burke in Mexico, 2009.
17-25 September, Morelia, a series of lectures on cultural history, the image as historical document, social history of knowledge, 'Historians and the left in Britain'.
CANCELADA LA PARTICIPACIÓN DEL PROFESOR BURKE.
sábado, 6 de junio de 2009
lunes, 30 de marzo de 2009
Temas que se pueden leer abriendo el blog en "2008 (18)" (parte inferior derecha del blog)
▼ diciembre (18)
*Fundación Juan March, Ciclo Montaigne
*Calmarias e tormentas no oceano midiático, entrevi...
*New Perspectives on Historical Writings
*Introducción al libro El Oficio de Historiador de ...
*Publicaciones, Biblioteca Nacional de Holanda
*Context in Context
*Emmanuel College
*Los intelectuales: un esbozo de retrato colectivo
*Hablar y callar, funciones sociales del lenguaje a...
*Frederick Antal. Historiador social del arte reco...
*Autobiografía cultural, entrevista con Alan MacFar...
*Cristóbal Florenzano y Marcelo Somarriva, El Mercu...
*Entrevista con Carlos Subosky
*Libros en varios idiomas
*Books, Burke
*Entrevista con Claudia Möller, Argentina (1996)
*Peter Burke, interview with M-L Pallares-Burke
*Ernst Gombrich discusses the concept of cultural h...
*Fundación Juan March, Ciclo Montaigne
*Calmarias e tormentas no oceano midiático, entrevi...
*New Perspectives on Historical Writings
*Introducción al libro El Oficio de Historiador de ...
*Publicaciones, Biblioteca Nacional de Holanda
*Context in Context
*Emmanuel College
*Los intelectuales: un esbozo de retrato colectivo
*Hablar y callar, funciones sociales del lenguaje a...
*Frederick Antal. Historiador social del arte reco...
*Autobiografía cultural, entrevista con Alan MacFar...
*Cristóbal Florenzano y Marcelo Somarriva, El Mercu...
*Entrevista con Carlos Subosky
*Libros en varios idiomas
*Books, Burke
*Entrevista con Claudia Möller, Argentina (1996)
*Peter Burke, interview with M-L Pallares-Burke
*Ernst Gombrich discusses the concept of cultural h...
miércoles, 25 de marzo de 2009
History of Italian Art , Polity, 1996 (translation)
Volume I
Peter Burke (Translator), Ellen Bianchini (Translator), Claire Dorey (Translator)
ISBN: 978-0-7456-1754-1
Paperback
352 pages
October 1996, Polity
Volume II
Peter Burke, Ellen Bianchini, Claire Dorey
ISBN: 978-0-7456-1755-8
Paperback
512 pages
September 1996, Polity
Published in two volumes, History of Italian Art provides a major history of Italian Art from antiquity to the present day. A distinguished group of cultural historians provide a comprehensive account of Italian "art" in the wider sense, examining not only painting and sculpture, but also photography and iconography, restorations and fakes, landscapes and writing.
http://www.wiley.com/WileyCDA/WileyTitle/productCd-0745617557.html
Peter Burke (Translator), Ellen Bianchini (Translator), Claire Dorey (Translator)
ISBN: 978-0-7456-1754-1
Paperback
352 pages
October 1996, Polity
Volume II
Peter Burke, Ellen Bianchini, Claire Dorey
ISBN: 978-0-7456-1755-8
Paperback
512 pages
September 1996, Polity
Published in two volumes, History of Italian Art provides a major history of Italian Art from antiquity to the present day. A distinguished group of cultural historians provide a comprehensive account of Italian "art" in the wider sense, examining not only painting and sculpture, but also photography and iconography, restorations and fakes, landscapes and writing.
http://www.wiley.com/WileyCDA/WileyTitle/productCd-0745617557.html
viernes, 6 de marzo de 2009
Encuentro en Bogotá, Septiembre de 2008
lunes, 29 de diciembre de 2008
Calmarias e tormentas no oceano midiático, entrevista con Dellano Rios.
CADERNO 3
Por formação, o inglês Peter Burke é um historiador. Suas preocupações teóricas - o estudo da cultura, entrecruzado por reflexões acerca das comunicações e do conhecimento - o conduziu a um ponto intercessão, no qual dialogam disciplinas como a história, a antropologia, a sociologia e as teorias da mídia. Em entrevista ao Caderno 3, por e-mail, Burke falou sobre as transformações da mídia e os desafios das pesquisas de comunicação
Nos últimos tempos, temos visto jornalismo e história cada vez mais associados. Certas teorias vêem muitas afinidades entre as duas áreas. Além disso, muitos jornalistas têm escrito livros sobre temas e personalidades históricas. Quais são os pontos mais frágeis dessa ligação?
Hoje vemos uma dupla ligação entre os historiadores e os jornalistas, uma vez que alguns historiadores (entre eles, eu mesmo) escrevem para jornais, enquanto que alguns jornalistas tem escrito livros de história. Creio que esta relação é positiva, já que diferentes tipos de pessoas têm habilidades e pontos de vista diferentes. Podemos dizer que a história é importante demais para ser confiada apenas aos historiadores! Mas também existem alguns riscos, e, para mim, o mais óbvio é o dos jornalistas que escrevem sobre temáticas históricas, especialmente do período anterior à (digamos) 1900, sem que tenham uma formação historiográfica. Os jornalistas que lidam com a história são aptos a trabalhar de forma crítica com suas “fontes”, no entanto diferentes tipos de fontes, dos períodos diversos que se pesquisa, apresentam tipos de problemas que também são diferentes. Neste caso, a melhor solução seria ter uma colaboração entre um historiador profissional e o jornalista, mesmo que todo o trabalho deste historiador seja ler o manuscrito e fazer alguns comentários, antes do livro ser publicado!
Me parece que, no passado, o jornalismo tinha uma papel político mais marcante - e não apenas no sentido defender os interesses das elites. Neste século, o jornalismo se transformou, rapidamente, em um produto que é determinado pelas leis de mercado. Que papel o jornalismo ainda pode desempenhar neste contexto?
Até onde sei, desde a invenção dos jornais e revistas no século 17, o jornalismo tem sido orientado para o mercado. Isso não impediu os jornalistas de desempenharem um papel político, na Revolução Francesa, no século 19 e assim por diante. Por que isto não poderia acontecer hoje em dia? Acaso os editores e donos das empresas jornalísticas estão dando aos jornalistas menos liberdade do que antes? Ou nós ainda podemos encontrar jornalistas desempenhando este papel político, como acredito ser possível encontrar na Grã-Bretanha?
É possível criar uma teoria geral da imprensa? Ou, para compreender a coisa toda, a melhor saída seria uma grande quantidade de estudos locais?
Eu não levaria a sério qualquer teoria geral da imprensa que não se baseasse em um grande número de estudos empíricos - o que implica em estudos locais. Por outro lado, quem faz estudos locais precisa de uma teoria, ainda que provisória, para testar em sua investigação, a fim de produzir uma análise, bem como para fazer uma descrição.
Penso que a maior parte das pesquisas se concentra no produto em detrimento do modo de produção. Ao proceder desta forma, a academia não estaria deixando de discutir os conflitos centrais da imprensa?
Acho que você está certo quando fala de uma ênfase excessiva sobre o produto, como resultado, sem dúvidas, da maior acessibilidade deste em comparação com o trabalho necessário para reconstruir o processo de produção. No que diz respeito aos últimos tempos, os métodos do jornalismo investigativo podem ser aplicados ao próprio jornalismo - entrevistando editores, repórteres, proprietários de jornais. Para o passado mais remoto, a dificuldade de encontrar fontes é um problema mais grave -, mas eu concordo com você que o trabalho tem de ser feito!
Hans Belting acusou a história da arte de não dar conta de seu objeto. Esta, se concentraria apenas na produção de determinadas linguagens, reconhecidos por classes sociais dominantes de determinados países. A história da mídia não sofreria de um problema similar?
Não tenho certeza se entendi sua pergunta. No caso da “arte” (como algo oposto às imagens, uma distinção que Belting enfatiza), o próprio conceito está ligado às elites culturais. As “obras de arte” foram durante muito tempo associadas, primeiro, aos mecenas e colecionadores ricos; em seguida, aos críticos e “especialistas” (connoisseurs); e, finalmente, aos museus e galerias, nos quais o acesso costuma ser limitado. Não admira, portanto, que o conceito de “arte” esteja em crise, o que coloca problemas aos historiadores da arte. Historiadores de alguns dos principais jornais do século XIX, entre eles o Times, talvez tenham que enfrentar um problema semelhante, com o conceito de “opinião pública” (entendida como a opinião de um pequeno grupo de pessoas) no lugar de “arte”. Mas muitos dos meios de comunicação, dos jornais populares do fim do século XIX ao rádio, à televisão e à Internet, são acessíveis a muitas mais pessoas, o que muda completamente a situação.
Alguns autores falam de um desaparecimento da imprensa, no meio impresso. No entanto, já se falou do desaparecimento da pintura por conta do advento da fotografia; do cinema, por conta da TV. Com o impresso pode se reinventar para sobreviver?
Na minha opinião, o completo desaparecimento da mídia impressa é tão improvável quanto a sua persistência inalterada. Para tomar o modelo do seu exemplo, da pintura e da fotografia, ou o exemplo, na história da comunicação, do manuscrito após a invenção da imprensa, ou do rádio na era da televisão, eu apostaria na sobrevivência do impresso, mas também no declínio de sua importância, associada a uma mudança de função, na qual este se tornaria cada vez mais especializado. É bom pensar a “mídia” no plural, como uma espécie de pacote ou, se preferir, um sistema. Ao se introduzir um novo elemento no sistema, todas suas outras partes, incluindo a divisão do trabalho entre elas, vão se transformar.
A abordagem de temas amplos, como a cultura, a informação e a comunicação, têm sido reorientados a partir da experiência da Internet. A web é um ponto central da cultura moderna ocidental ou esta é uma miragem causada pelas teorias?
Ainda é muito cedo para avaliar as conseqüências culturais do advento da Internet, que só se tornou disponível de maneira mais ampla por volta de 1994! É claro que ela teve um rápido impacto sobre a vida cotidiana de muitos cidadãos, e na minha própria vida. No entanto, o quão profundo é este impacto é algo mais difícil de se dizer. Sem dúvida, a Internet acelerou os processos de busca de informações e de comunicação entre pessoas, mas - para voltar ao que disse antes, ela é apenas parte de um pacote. Só estamos começando a aprender a explorar esta nova mídia, descobrindo suas fraquezas e seus pontos fortes. Por esta razão, acredito que falar que a rede já produziu uma reorientação da cultura é, para usar suas palavras, uma miragem teórica.
O surgimento da Internet já foi comparado ao invento de Gutenberg. O impacto produzido por um e outro são da mesma ordem de grandeza?
Se você tivesse vivido na Europa em 1464 e perguntasse a um estudioso sobre o impacto da imprensa, ele provavelmente teria tido muito pouco a dizer. Por 1500, por outro lado, você teria ouvido tanto elogios como críticas à nova invenção. Você me daria mais algumas décadas para pensar na sua pergunta? o
DELLANO RIOS
Repórter
Por formação, o inglês Peter Burke é um historiador. Suas preocupações teóricas - o estudo da cultura, entrecruzado por reflexões acerca das comunicações e do conhecimento - o conduziu a um ponto intercessão, no qual dialogam disciplinas como a história, a antropologia, a sociologia e as teorias da mídia. Em entrevista ao Caderno 3, por e-mail, Burke falou sobre as transformações da mídia e os desafios das pesquisas de comunicação
Nos últimos tempos, temos visto jornalismo e história cada vez mais associados. Certas teorias vêem muitas afinidades entre as duas áreas. Além disso, muitos jornalistas têm escrito livros sobre temas e personalidades históricas. Quais são os pontos mais frágeis dessa ligação?
Hoje vemos uma dupla ligação entre os historiadores e os jornalistas, uma vez que alguns historiadores (entre eles, eu mesmo) escrevem para jornais, enquanto que alguns jornalistas tem escrito livros de história. Creio que esta relação é positiva, já que diferentes tipos de pessoas têm habilidades e pontos de vista diferentes. Podemos dizer que a história é importante demais para ser confiada apenas aos historiadores! Mas também existem alguns riscos, e, para mim, o mais óbvio é o dos jornalistas que escrevem sobre temáticas históricas, especialmente do período anterior à (digamos) 1900, sem que tenham uma formação historiográfica. Os jornalistas que lidam com a história são aptos a trabalhar de forma crítica com suas “fontes”, no entanto diferentes tipos de fontes, dos períodos diversos que se pesquisa, apresentam tipos de problemas que também são diferentes. Neste caso, a melhor solução seria ter uma colaboração entre um historiador profissional e o jornalista, mesmo que todo o trabalho deste historiador seja ler o manuscrito e fazer alguns comentários, antes do livro ser publicado!
Me parece que, no passado, o jornalismo tinha uma papel político mais marcante - e não apenas no sentido defender os interesses das elites. Neste século, o jornalismo se transformou, rapidamente, em um produto que é determinado pelas leis de mercado. Que papel o jornalismo ainda pode desempenhar neste contexto?
Até onde sei, desde a invenção dos jornais e revistas no século 17, o jornalismo tem sido orientado para o mercado. Isso não impediu os jornalistas de desempenharem um papel político, na Revolução Francesa, no século 19 e assim por diante. Por que isto não poderia acontecer hoje em dia? Acaso os editores e donos das empresas jornalísticas estão dando aos jornalistas menos liberdade do que antes? Ou nós ainda podemos encontrar jornalistas desempenhando este papel político, como acredito ser possível encontrar na Grã-Bretanha?
É possível criar uma teoria geral da imprensa? Ou, para compreender a coisa toda, a melhor saída seria uma grande quantidade de estudos locais?
Eu não levaria a sério qualquer teoria geral da imprensa que não se baseasse em um grande número de estudos empíricos - o que implica em estudos locais. Por outro lado, quem faz estudos locais precisa de uma teoria, ainda que provisória, para testar em sua investigação, a fim de produzir uma análise, bem como para fazer uma descrição.
Penso que a maior parte das pesquisas se concentra no produto em detrimento do modo de produção. Ao proceder desta forma, a academia não estaria deixando de discutir os conflitos centrais da imprensa?
Acho que você está certo quando fala de uma ênfase excessiva sobre o produto, como resultado, sem dúvidas, da maior acessibilidade deste em comparação com o trabalho necessário para reconstruir o processo de produção. No que diz respeito aos últimos tempos, os métodos do jornalismo investigativo podem ser aplicados ao próprio jornalismo - entrevistando editores, repórteres, proprietários de jornais. Para o passado mais remoto, a dificuldade de encontrar fontes é um problema mais grave -, mas eu concordo com você que o trabalho tem de ser feito!
Hans Belting acusou a história da arte de não dar conta de seu objeto. Esta, se concentraria apenas na produção de determinadas linguagens, reconhecidos por classes sociais dominantes de determinados países. A história da mídia não sofreria de um problema similar?
Não tenho certeza se entendi sua pergunta. No caso da “arte” (como algo oposto às imagens, uma distinção que Belting enfatiza), o próprio conceito está ligado às elites culturais. As “obras de arte” foram durante muito tempo associadas, primeiro, aos mecenas e colecionadores ricos; em seguida, aos críticos e “especialistas” (connoisseurs); e, finalmente, aos museus e galerias, nos quais o acesso costuma ser limitado. Não admira, portanto, que o conceito de “arte” esteja em crise, o que coloca problemas aos historiadores da arte. Historiadores de alguns dos principais jornais do século XIX, entre eles o Times, talvez tenham que enfrentar um problema semelhante, com o conceito de “opinião pública” (entendida como a opinião de um pequeno grupo de pessoas) no lugar de “arte”. Mas muitos dos meios de comunicação, dos jornais populares do fim do século XIX ao rádio, à televisão e à Internet, são acessíveis a muitas mais pessoas, o que muda completamente a situação.
Alguns autores falam de um desaparecimento da imprensa, no meio impresso. No entanto, já se falou do desaparecimento da pintura por conta do advento da fotografia; do cinema, por conta da TV. Com o impresso pode se reinventar para sobreviver?
Na minha opinião, o completo desaparecimento da mídia impressa é tão improvável quanto a sua persistência inalterada. Para tomar o modelo do seu exemplo, da pintura e da fotografia, ou o exemplo, na história da comunicação, do manuscrito após a invenção da imprensa, ou do rádio na era da televisão, eu apostaria na sobrevivência do impresso, mas também no declínio de sua importância, associada a uma mudança de função, na qual este se tornaria cada vez mais especializado. É bom pensar a “mídia” no plural, como uma espécie de pacote ou, se preferir, um sistema. Ao se introduzir um novo elemento no sistema, todas suas outras partes, incluindo a divisão do trabalho entre elas, vão se transformar.
A abordagem de temas amplos, como a cultura, a informação e a comunicação, têm sido reorientados a partir da experiência da Internet. A web é um ponto central da cultura moderna ocidental ou esta é uma miragem causada pelas teorias?
Ainda é muito cedo para avaliar as conseqüências culturais do advento da Internet, que só se tornou disponível de maneira mais ampla por volta de 1994! É claro que ela teve um rápido impacto sobre a vida cotidiana de muitos cidadãos, e na minha própria vida. No entanto, o quão profundo é este impacto é algo mais difícil de se dizer. Sem dúvida, a Internet acelerou os processos de busca de informações e de comunicação entre pessoas, mas - para voltar ao que disse antes, ela é apenas parte de um pacote. Só estamos começando a aprender a explorar esta nova mídia, descobrindo suas fraquezas e seus pontos fortes. Por esta razão, acredito que falar que a rede já produziu uma reorientação da cultura é, para usar suas palavras, uma miragem teórica.
O surgimento da Internet já foi comparado ao invento de Gutenberg. O impacto produzido por um e outro são da mesma ordem de grandeza?
Se você tivesse vivido na Europa em 1464 e perguntasse a um estudioso sobre o impacto da imprensa, ele provavelmente teria tido muito pouco a dizer. Por 1500, por outro lado, você teria ouvido tanto elogios como críticas à nova invenção. Você me daria mais algumas décadas para pensar na sua pergunta? o
DELLANO RIOS
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